ESTRESSE, ESGOTAMENTO e FADIGA: CUIDADO O TDAH DO SEU FILHO PODE TER PROFUNDAS CONSEQUÊNCIAS EM VOCÊ
- 1.O que é TDAH (e o que não é) na sala de aula
- 2.ESTUDO REVELA PRIMEIROS RISCOS GENÉTICOS PARA O TDAH
- 3.Vídeo Case FOCUS: Dr Rohde
- 4.POSSÍVEIS VANTAGENS DO TDAH
- 5.CASAMENTO E FILHOS COM TDAH – Um desafio a ser superado
- 6.DEPRESSÃO E VÍCIO EM CIGARRO NOS PAIS PODEM ESTAR LIGADOS AO TDAH NOS FILHOS
- 7.O QUE FAZER EM MEIO A TANTOS “PALPITES” TDAH? Ph.D dá uma lição de força, acolhimento e sabedoria para pais e mães
- 8.O RITUAL DA LIÇÃO DE CASA: DICAS PARA AJUDAR OS FILHOS COM TDAH
- 9.DEPENDÊNCIA DE NICOTINA E TDAH: QUAL A RELAÇÃO?
- 10.ESTRESSE, ESGOTAMENTO e FADIGA: CUIDADO O TDAH DO SEU FILHO PODE TER PROFUNDAS CONSEQUÊNCIAS EM VOCÊ
- 11.BULLYING E TDAH: agressores e agredidos
- 12.CRESCIMENTO DO TDAH NOS EUA: mais diagnósticos ou mais casos?
- 13.TIQUES, CACOETES, TOURETTE E TDAH: com que frequência acontecem e como fica o tratamento?
- 14.MEU FILHO FOI DIAGNOSTCADO COM TDAH: é culpa minha?
- 15.APLICATIVO AUMENTA A ADESÃO AO TRATAMENTO E PERMITE MELHOR CONTROLE DOS SINTOMAS DO TDAH, indica estudo
- 16.CAFEÍNA E TDAH: Devo evitar ou tormar?
- 17.EXCESSO DE MEDICAÇÃO PARA TDAH? Novas estatísticas apontam o contrário na Inglaterra… E No Brasil?
- 18.PADRÕES CEREBRAIS PODEM PREVER SINTOMAS DO TDAH?
- 19.CHEGARAM AS PROVAS FINAIS: COMO AJUDAR SEU FILHO A SE PREPARAR?
- 20.OS ÓLEOS DE ÔMEGA-3 AUMENTAM A ATENÇÃO TANTO QUANTO OS MEDICAMENTOS PARA O TDAH EM ALGUMAS CRIANÇAS
- 21.ATENÇÃO: O APLICATIVO FOCUS VAI MUDAR!
- 22.PESQUISADORES USARAM IMAGENS DO CÉREBRO PARA PREVER O DESENVOLVIMENTO DE TDAH E DE DEPRESSÃO EM CRIANÇAS
- 23.ESTRESSE E POLUIÇÃO PODEM CAUSAR DIFICULDADES COGNITIVAS EM CRIANÇAS
- 24.PESO AO NASCIMENTO E A SAÚDE MENTAL NO FUTURO
- 25.ATENÇÃO: O APLICATIVO FOCUS MUDOU
- 26.CORONAVÍRUS: COMO CONVERSAR COM SEU FILHO E QUAL O IMPACTO EMOCIONAL NAS CRIANÇAS?
- 27.O QUE A CIÊNCIA SABE SOBRE O USO DE NEUROFEEDBACK NO TRATAMENTO DO TDAH
- 28.ADESÃO A MEDICAMENTOS EM PACIENTES COM TDAH.
- 29.COMO AJUDAR SEU FILHO A ESTUDAR EM CASA
- 30.MINDFULLNESS BASEADO EM TAI-CHI PODE DIMINUIR OS SINTOMAS DE TDAH EM CRIANÇAS, SEGUNDO ESTUDO
- 31.ESTILO DE VIDA SAUDÁVEL E TDAH EM CRIANÇAS
- 32.ASSOCIAÇÕES GENÉTICAS ENTRE PSICOPATOLOGIA NA INFÂNCIA E DEPRESSÃO NA VIDA ADULTA
- 33.DESCONTINUAR A MEDICAÇÃO DIMINUI LIGEIRAMENTE A QUALIDADE DE VIDA EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES COM TDAH.
- 34.COMO CONVERSAR COM MEMBROS DA FAMÍLIA SOBRE A SAÚDE MENTAL DO SEU FILHO?
- 35.COMO SE COMUNICAR COM SEU FILHO COM TDAH
- 36.PANDEMIA TRAZ PREJUÍZO PARA CRIANÇAS COM TDAH
- 37.COMO LIDAR COM A IMPULSIVIDADE EM CRIANÇAS E ADULTOS
- 38.A RELAÇÃO ENTRE TDAH E PROBLEMAS DE SONO EM ADOLESCENTES
- 39.RECEBER UM DIAGNÓSTICO DE TDAH PODE PREJUDICAR A PERFORMANCE ACADÊMICA?
- 40.USO DE FORMAS MAIS CURTAS PARA ESTIMATIVA DE QI NA AVALIAÇÃO NEUROPSIQUIÁTRICA DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES.
- 41.RELAÇÃO ENTRE TDAH E DEPRESSÃO NA VIDA ADULTA
- 42.TEMPO DE EXPOSIÇÃO A TELAS ANTES DE DORMIR E O EFEITO NO SONO DE CRIANÇAS
- 43.O AÇÚCAR TORNA AS CRIANÇAS HIPERATIVAS?
- 44.CRIANÇAS E ADOLESCENTES COM TDAH SOFREM MENOS QUEIMADURAS QUANDO FAZEM USO DE TRATAMENTO MEDICAMENTOSO.
- 45.QUAL O EFEITO NA FUNCIONALIDADE DO USO DE MEDICAMENTOS PARA O TDAH?
- 46.SINTOMAS E SINAIS DE TDAH, PARTE I – HIPERATIVIDADE E IMPULSIVIDADE
- 47.COMO É FEITO O DIAGNÓSTICO DE TDAH?
- 48.DIFERENÇAS CORTICAIS RELACIONADAS À IDADE NO TDAH, TEA E TOC.
- 49.SINTOMAS DO TDAH PARTE II: DESATENÇÃO
- 50.FATORES PSICOLÓGICOS ENVOLVIDOS NA ADESÃO A PISCOFARMACOS
- 51.CONTRIBUIÇÕES DA PESQUISA GENÉTICA PARA PACIENTES COM TDAH
- 52.GENÉTICA E AMBIENTE NO TDAH
- 53.DICAS PARA MELHORAR A PRODUTIVIDADE (PARTE 1)
- 54.COMO O TDAH AFETA A SUA VIDA?
- 55.DICAS PARA MELHORAR A PRODUTIVIDADE (PARTE 2)
- 56.COMORBIDADES NO TDAH
- 57.GENÉTICA E AMBIENTE NO TDAH
- 58.TDAH E MANEJO DA RAIVA
- 59.TRATAMENTO DO TDAH: O QUE É PSICOTERAPIA? (Parte 1)
- 60.MEDICAMENTOS NÃO-ESTIMULANTES NO TRATAMENTO DO TDAH E COMO ELES FUNCIONAM:
- 61.TRATAMENTO DO TDAH: O QUE É PSICOTERAPIA? (Parte 2)
- 62.UMA PEQUENA DOSE DE EXERCÍCIO É CAPAZ DE MELHORAR A PERFORMANCE ACADÊMICA DE CRIANÇAS COM TDAH
- 63.TRATAMENTO DO TDAH: O QUE É MINDFULNESS?
- 64.ESTRATÉGIAS DE ORGANIZAÇÃO PARA LIDAR COM OS SINTOMAS DE TDAH
- 65.TRATAMENTO DO TDAH: HIGIENE DO SONO
- 66.TDAH E SONO: QUAL A RELAÇÃO?
- 67.NOVE SINAIS DE TDAH EM ADULTOS
- 68.TDAH EM MULHERES
- 69.ESTUDO SUGERE QUE PESSOAS COM TDAH SÃO MAIS PROPENSAS A ADQUIRIR COVID-19
- 70.DIFICULDADES NO TDAH: CÉREBRO E FUNÇÕES EXECUTIVAS
- 71.SEGURANÇA DO USO DE PSICOTRÓPICOS EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES
- 72.TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA E TDAH
- 73.ORIENTAÇÃO A PAIS DE CRIANÇAS COM TDAH: COMO AJUDAR MEU FILHO?
- 74.A SEXUALIDADE EM ADOLESCENTES COM TDAH
- 75.TDAH EM CRIANÇAS | DR. GUILHERME POLANCZYK
- 76.COMO MELHORAR A ADESÃO AO TRATAMENTO DO PACIENTE COM TDAH | Dr. DANIEL SEGENREICH
- 77.NOVO ESTUDO APONTA PARA DIFERENÇAS GENÉTICAS EM PACIENTES AFRO AMERICANOS COM TDAH
- 78.FATOS SOBRE O TDAH | DRA. MARIA CONCEIÇÃO DO ROSÁRIO
- 79.PRODUTOS QUÍMICOS DESREGULADORES ENDÓCRINOS E A RELAÇÃO COM SINTOMAS DE TDAH NA ADOLESCÊNCIA
- 80.TDAH NA ESCOLA | PSICOPEDAGOGIA E TDAH #1
- 81.O TDAH É PARCIALMENTE GENÉTICO, PORÉM FATORES AMBIENTAIS EXERCEM INFLUÊNCIA
- 82.O QUE OS PROFESSORES PODEM FAZER QUANDO SUSPEITAM DE TDAH | PSICOPEDAGOGIA E TDAH #2
- 83.TDAH E USO DE SMARTPHONES
- 84.O TDAH AUMENTA O RISCO DE DIABETES INDEPENDENTEMENTE DO IMC
- 85.HABILIDADES DE LEITURA | PSICOPEDAGOGIA E TDAH #3
- 86.TERAPIA OCUPACIONAL NO TDAH
- 87.HABILIDADES DE ESCRITA | PSICOPEDAGOGIA E TDAH #4
- 88.NÍVEIS BAIXOS DE HORMONIOS TIREOIDIANOS DURANTE O PRIMEIRO TRIMESTRE DA GRAVIDEZ PODEM INTERFERIR NO DESENVOLVIMENTO CEREBRAL FETAL
- 89.HABILIDADES DE MATEMÁTICA | PSICOPEDAGOGIA E TDAH #5
- 90.ORGANIZAÇÃO EM SALA DE AULA | PSICOPEDAGOGIA E TDAH #6
- 91.AUTOESTIMA E FEEDBACK | PSICOPEDAGOGIA E TDAH #7
- 92.EXERCÍCIO FÍSICO E TDAH
Cuidar de uma criança com TDAH é um dos mais desafiadores trabalhos. Famílias com filhos diagnosticados com Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade precisam aprender a superar grandes cargas de estresse.
Neste caso, é importante que você domine diversas capacidades de gerenciamento para manter ou restaurar a calma e a resolução de problemas.
Sim, ter filhos pequenos, com TDAH ou não, exige tais capacidades. Mas, mães e pais de crianças com distúrbios de desenvolvimento e saúde mental geralmente têm que lidar com estas questões em outra magnitude.
Cuidar de um filho com TDAH pode se tornar um trabalho em turno integral:
– você monitorará seu filho constantemente;
– você repetirá regras e direções o tempo todo;
– você, fatalmente, passará grande parte do tempo conversando com professores e coordenadores da escola;
– você estará cansado grande parte do tempo.
São reais as consequências do estresse crônico relacionado à tarefa de educar crianças com necessidades especiais. Estudos1 mostraram que pais de crianças com distúrbios de desenvolvimento e de aprendizagem têm muito mais chances de passar pelas seguintes situações:
– Ansiedade
– Depressão
– Insônia
– Fadiga
– Problemas mentais1
De acordo com um estudo britânico2, o estresse crônico coloca estes pais em riscos médicos graves. Esta pesquisa descobriu que pais de crianças com autismo ou TDAH tem muito mais chance de terem altos níveis de cortisol (o hormônio do estresse), e PCR (Proteína c-reativa), um biomarcador ligado a incontáveis questões, que vão do câncer colorretal até diabetes, passando por problemas cardíacos.
É importante que abordemos estes riscos, tanto pelo bem-estar das crianças quanto pela saúde dos pais.
Vamos dar uma olhada em fatores geradores de estresse. Veremos, também, algumas sugestões para colaborar na construção de famílias mais equilibradas e emocionalmente capazes de se comprometer com o bem-estar de todos.
Aceite seus limites
Especialistas concordam que a grande causa do estresse é um pensamento típico: você passa a acreditar que é a única pessoa que pode ajudar seu filho e que sua capacidade é ilimitada.1
Dr. Wendy Blumenthal, uma psicóloga de Atlanta, diz que vê mães chegarem a um ponto de colapso, porque carregam todas responsabilidades de seus filhos com necessidades extras. “Estas supermães não dormem, estão sempre ansiosas e ligam para todos os médicos que conseguem imaginar”, explica Blumenthal.
Elaine Taylor Klaus, cofundadora do Impact ADHD3, oferece treinamento para pais de crianças com TDAH e outras desordens. Ela conta que “estes pais sentem que deveriam ser capazes de fazer tudo, sendo que a primeira coisa que precisam aprender é a cuidarem de si mesmos”. Klaus alerta para os perigos que situações de estresse constante geram em longo prazo.
Precisamos salientar que existem diversos tipos e intensidade de esgotamento. Este amplo espectro inclui exaustão física e mental, monotonia, frustração ou até o conhecido sentimento de derrotismo.
Claro, é muito provável que você sinta um pouco de cada um deles. Porém, é importante que você entenda o que está sentindo para buscar a abordagem mais eficiente, que restaure sua energia e habilidade de seguir enfrentando os desafios.
Independentemente do que você estiver sentindo – ou da intensidade da questão, algumas práticas são fundamentais para a saúde física e mental de pais de crianças com TDAH:
– Durma sempre que possível. Dormir é o maior aliado do combate ao estresse e você, provavelmente, já sabe disso. Entendemos que o sono parece um luxo nestes casos, mas falamos sobre priorizar seu sono acima do celular, da televisão ou de quaisquer distrações que não sejam cruciais para o seu relaxamento.
– Mantenha-se hidratado e bem alimentado.
– Mexa seu corpo. Exercite-se com regularidade.
– Tenha um lazer prazeroso, um momento para ficar longe das crianças.
Agora que já abordamos as inevitáveis questões fundamentais para o seu bem-estar, podemos passar a outras situações e soluções que melhorarão sua qualidade de vida em geral.
Isolamento e exaustão
Quando você tem uma criança com um comportamento difícil ou cujas necessidades são desafiadoras, o sentimento de isolamento se acentua e, com ele, o estresse. Colegas, vizinhos, amigos, família e até mesmo o cônjuge parecem estar em outro planeta.
Mas, a verdade é que as pessoas querem ajudar – elas só não sabem como.
Os pais precisam aprender a dar direções objetivas aos ajudantes e cuidadores:
– você pode ficar com as crianças na quarta-feira para que eu consiga cortar o cabelo?
– você pode comprar esta lista de itens no supermercado para mim?
Estes pedidos concretos serão atendidos pelas pessoas e você mudará sua percepção sobre o abandono e o isolamento.
Caso não seja possível contratar uma babá, você pode propor períodos de troca com outros pais (até mesmo formar uma rede de pais) de crianças com desordens de aprendizado na sua cidade. Vocês podem alternar momentos de cuidados dos pequenos e, assim, criar folgas saudáveis para todos.
Vida social
Muitos pais de crianças com distúrbios de comportamento e desenvolvimento acabam perdendo o contato com amigos ou param de fazer atividades fora de casa.
Cuidar da sua saúde emocional e social é tão importante quanto qualquer outra prática física, como se exercitar ou dormir bem, diz Dr. Matthew Rouse, psicólogo do Child Mind Instute.3
Ele levanta a importância da vida social adulta e questiona os pais que atende em seu consultório:
– O que vocês estão fazendo por si mesmos?
– O que vocês estão fazendo como casal?
– Quando foi a última vez que você se divertiu com amigos?
Para minimizar estes sentimentos de afastamento da vida social, Dr. Rouse recomenda:
Crie uma rede de amigos fora do âmbito familiar. Grupos de apoio são ótimos, diz ele, mas ainda estão ligados ao universo do seu filho.
O que você deve buscar aqui são atividades que coloquem você em foco. São momentos de prazer, como ler em um parque, correr ou pintar.
O psicólogo explica que, se você apenas doar suas energias mentais sem repô-las, cedo ou tarde, elas se esgotarão – e seu filho sofrerá as consequências junto com você.
Cuidar do casamento
Ao longo dos anos, os pais terão que dar atenção extra para a relação mais vulnerável das suas vidas: o casamento.
Uma pesquisa concluiu que pais com crianças diagnosticadas com Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade têm duas vezes mais chance de se divorciarem até o filho atingir a idade de oito anos.
Surpreendentemente, após os oito anos da criança, as diferenças nas taxas de divórcio entre pais de crianças diagnosticadas com TDAH ou não se tornam irrelevantes.4
Outros fatores colaboram no desfecho da separação, dizem os pesquisadores. Desordens coexistentes, como Transtorno Desafiador Opositivo ou Transtorno de Conduta podem agravar o quadro dos conflitos em casa.
Comportamentos antissociais do pai também impactam na probabilidade da separação, bem como diferenças no grau de educação entre os cônjuges.
William E. Pelham Jr., Ph.D, professor de Psicologia e Pediatria na Universidade de Buffalo, participou do estudo.
Ele explica que o mais grave fator de conflitos é a dissonância na forma de enxergar as dificuldades do filho. Por exemplo, a mãe considera determinado comportamento na escola um problema, mas o pai releva, considerando a situação algo natural da criança.
Este tipo de desarmonia na percepção da educação do filho é o maior fator de brigas no casal, explica o pesquisador.
Mas, nada disso é uma fatalidade inescapável. São alertas para que você compreenda que você e seu casamento também são uma prioridade no tratamento do seu filho.
Pelham já traz o caminho para as conclusões do próprio estudo: os pais precisam trabalhar em conjunto, argumenta. Eles precisam aprender, juntos, habilidades necessárias para o desafio de ter um filho.5
Utilizem os momentos que a criança está na escola ou na terapia para fazerem algo breve em casal. Em casa, tirem instantes para namorar, cozinhar ou ouvir música juntos.
Sobre a dissonância de percepção na educação e no comportamento do filho, Dr. Rouse propõe uma prática benéfica: tire um momento antes de dormir para conversar com seu parceiro sobre a situação mais difícil e a mais recompensadora do dia. Estes balanços, tão positivos para afinar a vida em casal, também são estratégias eficientes para afinar a percepção sobre o filho.3
Mãe e filhos com TDAH: ainda mais interligados
Todos sabemos do poder das relações entre mães e filhos. A mãe é capaz de adoecer com seu filho, de vibrar junto com a felicidade do filho e de sentir tristeza paralisante frente ao fracasso do filho.
Porém, as mães de crianças diagnosticadas com Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade têm laços ainda mais sensíveis.
Foi o que descobriu um estudo da Universidade da Califórnia, em Irvine.6 Os pesquisadores avaliaram o humor das crianças com TDAH e de 51 mães a cada 30min. A descoberta não foi nada surpreendente: o humor das mães e dos filhos coincidiram. Os comportamentos que mais geraram estresse nas mães estavam relacionados à hiperatividade, falta de concentração e desobediência.7
Você e seu filho se influenciam mutuamente. Sua saúde mental e física é uma peça-chave na qualidade de vida da criança.
Agora, você já pode compreender a importância de pensar no tratamento do TDAH como uma dinâmica familiar, que inclui você e seu casamento. Abordagens integradas e a participação de toda a família transformam o peso da dificuldade em desafios (e celebrações) de crescimento conjunto.
1 WHY SELF-CARE IS ESSENTIAL TO PARENTING. THE CHILD MIND INSTITUTE. Disponível em: https://childmind.org/article/fighting-caregiver-burnout-special-needs-kids/ . Acesso em: 24 de setembro de 2018.
2 LOVELL B et al., 2011. The psychosocial, endocrine and immune consequences of caring for a child with autism or ADHD. Psychoneuroendocrinology. 2012 Apr;37(4):534-42. doi: 10.1016/j.psyneuen.2011.08.003. Epub 2011 Sep 1. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21889267 . Acesso em: 24 de setembro de 2018.
3 IMPACT ADHD. Disponível em: https://impactadhd.com/author/elainetaylorklaus/ . Acesso em: 24 de setembro de 2018.
4 WYMBS et al., 2008. Rate and predictors of divorce among parents of youth with ADHD. J Consult Clin Psychol., 76(5), 735–744. doi:10.1037/a0012719 Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2631569/ . Acesso em: 30 de agosto de 2018.
5 DIVORCE MORE LIKELY IN ADHD FAMILIES?. WEBMD. Disponível em: https://www.webmd.com/add-adhd/childhood-adhd/news/20081024/divorce-more-likely-in-adhd-families#1 . Acesso em: 24 de setembro de 2018.
6 WHALEN CK et al., 2008. Dissecting daily distress in mothers of children with ADHD: an electronic diary study. J Fam Psychol. 2011 Jun;25(3):402-11. doi: 10.1037/a0023473. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21517172 . Acesso em: 30 de agosto de 2018.
7 THE ADHD ROLLERCOASTER: STRESSED PARENTS NEED HELP, TOO. LIVE SCIENCE. Disponível em: https://www.livescience.com/15198-adhd-stressed-parents.html . Acesso em: 24 de setembro de 2018.