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O Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH) é caracterizado por uma gama de sintomas que podem incluir hiperatividade, desatenção e questões comportamentais. Contudo, o TDAH também pode afetar os relacionamentos, a autoestima e até mesmo a performance sexual.
“Qualquer casal pode ter uma discrepância de desejo quando um dos parceiros sente mais apetite sexual do que o outro”, explica Ari Tuckman, psicólogo clínico norte-americano, especializado no diagnóstico e no tratamento de crianças, jovens e adultos com o transtorno.
Gina Pera, autora da obra “Is It You, Me, Or Adult A.D.D.?” afirma que a maioria dos casais, em que um dos parceiros foi diagnosticado com TDAH, reporta uma boa vida sexual. Mas, há vezes em que o transtorno pode “criar problemas significativos”, sendo um deles a falta de capacidade de iniciar uma relação sexual.
Pessoas com TDAH que não começam as relações sexuais podem fazê-lo por incontáveis razões, esclarece Pera. Em alguns casos, o comportamento procrastinador frequentemente presente no transtorno pode ser a causa da situação. Em outros, a dificuldade de planejamento e a falta de noção de tempo se tornam um desafio para determinar quando e como se aproximar do parceiro.
Tuckman diz que um bom preditor de satisfação sexual inclui o tratamento adequado tanto para quem tem TDAH quanto para quem não tem o transtorno. O psicólogo explica que casais mais felizes são aqueles que sentem que seu parceiro está se esforçando para ajudar a controlar os sintomas e suas consequências. Um destes esforços é ligado à vida sexual. Tuckman explica que, ao trabalhar junto, o casal pode transformar o que era um problema em um “afrodisíaco”, porque o sentimento de apreciação potencializa a relação.
Já Gina Pera, alerta sobre outro problema sexual que pode ocorrer: o parceiro que quer fazer sexo constantemente. Ela nota que a maior parte das pesquisas conclui que a chamada hipersexualidade está ligada mais ao tipo desatento do transtorno, mesmo que isso pareça surpreendente. Gina sugere que isso pode ocorrer por fatores subjetivos, como crescer sem o estigma do TDAH e não desenvolver os graves problemas que a baixa autoestima pode acarretar.
Vimos como o TDAH pode levar tanto à falta de sexo quanto ao sexo em excesso. Vamos observar alguns fatores que podem acontecer na vida sexual de pessoas diagnosticadas com o transtorno.
Como o TDAH pode afetar sua vida sexual
– Você pode ter problemas para prestar atenção durante o sexo. A mente divaga no momento das preliminares, do carinho ou até mesmo durante a relação em si.
– Seu humor ou desejo muda subitamente. Em um dia, você sente vontade de carinho e sexo. No outro, as mesmas questões simplesmente lhe incomodam.
– Sentimentos de braveza e solidão podem reduzir o desejo. Eles também podem gerar desafios comunicacionais entre você e seu parceiro.
– Você pode ser levado a comportamentos de risco, como sexo sem proteção. O TDAH pode reduzir o nível de alguns neurotransmissores no cérebro – isso pode impulsionar comportamentos de risco ou de impulsividade.
– Você pode desejar ter diferentes e variados parceiros. Isso dificulta a ideia de um relacionamento em longo prazo e aumenta as chances de risco.
O que você pode fazer?
– Seja aberto com seu parceiro sobre seus sintomas de TDAH, como falta de foco e irritabilidade. Saiba, lembre, reforce que isso não é culpa sua e não tem relação com seu parceiro.
– Explique o que lhe dá prazer. Se você não gosta de ser tocado o tempo todo, diga isso ao outro. Mostre como lhe tocar, quando lhe tocar. Isso previne conflitos e incompreensão.
– Livre-se de distrações. Se você perde o foco durante o sexo, apague a luz, tire a televisão, desligue telefones.
– Tome suas medicações como foram prescritas. Alguns remédios para o transtorno podem potencializar a capacidade de foco e de prazer sexual, enquanto outros podem reduzir o desejo e até mesmo a performance. Se este for o caso, converse com seu médico e com seu parceiro sobre isso.
– Foque na intimidade. Problemas com foco podem dificultar o prazer, a excitação e o orgasmo. Dedique algum tempo ao carinho e ao relaxamento ao lado do outro. Isso reduz a pressão e ajuda o casal a se divertir junto.
– Mantenha-se ativo. Exercícios regulares podem lhe ajudar a focar e a aumentar neurotransmissores como a dopamina, que colabora com a melhoria da intimidade e reduz o risco de comportamentos inseguros.
– Considere terapias. Um terapeuta pode ser de grande valor no aprendizado da comunicação com o seu parceiro, seja na cama ou fora dela.
Fontes:
1 HOW HAVING ADHD CAN IMPACT YOUR SEX LIFE. HEALTH U.S NEWS. Disponível em: <https://health.usnews.com/health-care/patient-advice/articles/2017-12-13/how-having-adhd-can-impact-your-sex-life>. Acesso em: 06 de dezembro de 2018.
2 ADHD AND YOUR SEX LIFE. WEBMD. Disponível em: <https://www.webmd.com/add-adhd/adhd-adhdsex>. Acesso em: 06 de dezembro de 2018.